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Combate ao fumo: mais de 100 mil brasileiros morrem por ano devido ao tabagismo

28/05/2024

Segundo Instituto Nacional de Câncer (INCA), 443 pessoas por dia morrem no Brasil devido ao uso de tabaco. Cigarros eletrônicos também entram no alerta para doenças respiratórias.

No mês de combate ao fumo, dados disponibilizados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) alertam sobre o tabagismo ter relação com vários tipos de câncer e ser responsável por cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão. A Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. No Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia devido ao tabagismo.

O cirurgião torácico do Grupo São Lucas, Dr. Federico Garcia Cipriano (CRM: 83833 SP/ RQE: 42154), alerta que além do câncer de pulmão e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que inclui bronquite crônica e enfisema, fumar aumenta o risco de ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, derrames (AVC) e outros tipos de câncer, como de boca, garganta, esôfago, pâncreas, bexiga, rim, fígado, colo do útero e estômago. Os fumantes passivos não fogem ao risco de desenvolver doenças.

“Para os adultos, os principais riscos incluem doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e desenvolvimento de doenças respiratórias crônicas como asma e bronquite. A exposição contínua ao fumo passivo também é uma causa reconhecida de câncer de pulmão e eleva o risco de acidente vascular cerebral (AVC), com efeitos semelhantes aos observados em fumantes ativos. Crianças expostas ao fumo passivo têm maior risco de desenvolver asma, bronquite e pneumonia. A exposição ao fumo passivo durante a gravidez pode resultar em baixo peso ao nascer, partos prematuros e anomalias congênitas”, explica.

Para o tratamento dos casos de câncer de pulmão, além da cirurgia de retirada do tumor e radioterapia, a medicina tem mostrado avanço em algumas áreas. As terapias genéticas e personalizadas baseiam-se no perfil genético do tumor para oferecer tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. A imunoterapia avançada inclui novos medicamentos que melhoram a resposta do sistema imunológico contra o câncer, como inibidores de checkpoint imunológico, que desbloqueiam as defesas naturais do corpo para combater o câncer.

Outra área de avanço é a terapia combinada, que utiliza a junção de tratamentos tradicionais e novos para aumentar a eficácia geral. A combinação de quimioterapia com imunoterapia, por exemplo, tem mostrado resultados promissores em aumentar a sobrevivência de pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado.

Um notável avanço no tratamento cirúrgico do câncer de pulmão em fases iniciais é o uso de cirurgia robótica para ressecções pulmonares. No Hospital São Lucas de Ribeirão Preto, são mais de 150 cirurgias realizadas com essa técnica. Entre as vantagens estão menor trauma cirúrgico, precisão aprimorada e melhor visualização.

“Além disso, as técnicas de imagem avançadas estão melhorando a capacidade de diagnosticar e monitorar o progresso do tratamento do paciente. Estas técnicas permitem uma detecção mais precoce do câncer de pulmão, o que é crucial para o sucesso do tratamento”, conclui o cirurgião torácico.

Cigarros eletrônicos

Conhecidos como e-cigarettes ou vapes, os cigarros eletrônicos se tornaram especialmente populares entre os jovens. Apesar da propaganda de ser menos prejudicial, o médico explica que o hábito também traz problemas à saúde.

“Estudos têm mostrado que a inalação do aerossol produzido por esses dispositivos pode expor os pulmões a substâncias químicas nocivas, incluindo alguns cancerígenos. Além disso, a nicotina, presente na maioria dos líquidos de cigarro eletrônico, é altamente viciante e pode afetar o desenvolvimento cerebral em adolescentes e jovens adultos”, alerta.

Os cigarros eletrônicos têm sido associados a casos graves de lesões pulmonares, conhecidas como EVALI. Um estudo no New England Journal of Medicine mostrou pacientes com lesões pulmonares onde exames revelaram inflamação e danos sérios aos pulmões. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relatou que os sintomas mais comuns de EVALI incluem dificuldade respiratória, tosse, dor no peito, náusea, vômito e diarreia.

No Brasil, casos de lesão pulmonar associados ao uso de cigarros eletrônicos foram identificados, exigindo cuidados médicos intensivos e suporte respiratório. Os dispositivos são proibidos no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Parar de fumar é um desafio, mas com um bom plano e as estratégias certas, você pode conseguir. Primeiro, escolha uma data para parar dentro das próximas duas semanas. Faça um plano de ação com atividades alternativas para quando sentir vontade de fumar e recompense-se por cada progresso. Substitua os momentos em que fumava por atividades saudáveis, como exercícios, leitura ou meditação. Os benefícios são imediatos e a longo prazo, como melhora na função pulmonar e aumento da expectativa de vida. Fumantes devem buscar ajuda em programas de cessação, aconselhamento e terapias comportamentais, pois o apoio adequado pode fazer uma grande diferença”, finaliza o médico.

Sobre o Grupo São Lucas - O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e Especializado, Maternidade Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.

 

MAIO/2024

 

 
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