Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 10 mil casos de tumores cerebrais por ano no país. Neurocirurgia tem tecnologias que auxiliam na recuperação dos diagnósticos tanto malignos, quanto benignos.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 11.100 novos casos de tumores cerebrais/sistema nervoso central (5.870 em homens e 5.230 em mulheres). A probabilidade de desenvolver um tumor cerebral chega a ser inferior a 1%, com risco maior entre as mulheres, porém nos diagnósticos malignos, a probabilidade maior é entre os homens.
Os tumores cerebrais estão associados às alterações genéticas, levando assim a um descontrole do crescimento das células e causando tumores que podem ser benignos ou malignos. Segundo o Neurocirurgião do Grupo São Lucas, Dr. Ricardo Santos de Oliveira (CRM: 81527), as principais diferenças dos benignos para os malignos estão relacionadas à progressão do tumor, infiltração, agressividade e recorrência.
“Geralmente o tumor maligno tem um crescimento muito rápido. O aparecimento de outras alterações como a infiltração do cérebro e a presença de necrose de hemorragia dentro do tumor são sinais de que essa lesão pode ser maligna”, detalha.
Sintomas e sinais dependem da localização dos tumores. Na população pediátrica, os tumores localizados na região da nuca (fossa posterior) podem obstruir a circulação liquórica, levando a sinais de aumento da pressão intracraniana. Tumores localizados no cérebro, em geral, podem apresentar principalmente em adultos crises compulsivas, alterações de comportamento ou alterações motoras, onde a pessoa perde a movimentação ou enfraquece um lado do corpo. Esses sinais e sintomas também podem aparecer em tumores benignos, porém em maior velocidade nos malignos.
Tumores Benignos
Alguns tumores, em sua maioria, podem ser diagnosticados como benignos. São eles o Neurinoma (ou Schwannoma Vestibular), Meningioma e Adenomas Hipofisários. Entre os sintomas mais comuns estão a perda auditiva, o zumbido, problemas de equilíbrio, dores de cabeça, convulsões, déficits neurológicos, visão turva e alterações hormonais, como mudanças no ciclo menstrual.
Para realizar a identificação desses tumores, o médico começa com avaliação clínica detalhada dos sintomas, seguida por exames de imagem como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC). O diagnóstico definitivo é obtido através de uma cirurgia com retirada do tumor totalmente ou parcialmente. O tratamento pode variar, incluindo monitoramento, cirurgia, radioterapia e, em alguns casos, terapia medicamentosa dependendo do tipo, localização e comportamento do tumor.
O Hospital São Lucas oferece as condições adequadas para o tratamento de lesões neurológicas no atendimento aos pacientes diagnosticados com tumores cerebrais. Entre as novidades estão o neuronavegador, uma espécie de GPS para a identificação e a localização precisa dos tumores cerebrais, além de outras tecnologias como o aspirador ultrassônico e bipolar de alta precisão.
“Se os tumores são benignos, geralmente o tratamento será a cirurgia e quando o tumor ele é maligno, nós teremos a indicação da complementação com a quimioterapia e radioterapia. Temos elementos que ajudam no controle da hemostasia do sangramento e a monitorização intraoperatória, além da utilização da ultrassonografia de alta resolução, que permitem fazer cirurgias com menor morbidade para o paciente e maior eficiência na remoção dessas lesões”, explica.
A recuperação pós-operatória dos pacientes depende da qualidade da cirurgia realizada e da condição neurológica do paciente. Em geral, os pacientes tendem a acordar após a cirurgia, passam o período pós-operatório na unidade de terapia intensiva e após resultado do anátomo patológico será realizado tratamento complementar de acordo com o tipo do tumor.
O médico ainda enfatiza a importância de analisar na família se existem casos de parentes próximos que apresentaram ou apresentem algum tipo de tumor cerebral. Se isso ocorrer, é importante avaliação genética, já que eventualmente existem familiares com predisposição genética no aparecimento de tumores.
“Em geral, é importante na grande maioria dos casos a atenção aos sintomas. Então a dor de cabeça recorrente, de forte intensidade, de aparecimento curto, com período inferior há 6 meses, alterações visuais, de comportamento, vômitos sem relação com a alimentação, dificuldade para andar, escrever, falar e esquecimento de forma repentina são sinais que devem ser investigados através de um exame de neuroimagem, no caso uma tomografia ou uma ressonância magnética”, concluí.
Sobre o Grupo São Lucas - O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.
AGOSTO/2024