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Colhendo Memórias leva crescimento ao interior paulista por meio da economia criativa

12/12/2019


Projeto desenvolvido ao longo do segundo semestre de 2019 em parceria com o Museu da Cana de Pontal gerou 50 postos de trabalho e R$ 140 mil de investimentos diretos na cadeia da cultura local

 

A economia criativa é um conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade que gera valor econômico. Ela estimula a geração de renda e cria empregos, ao mesmo tempo em que promove a diversidade cultural e o desenvolvimento humano.

É exatamente dentro desta designação que o Projeto Colhendo Memórias, desenvolvido no Museu da Cana, em Pontal (SP), está inserido. Em sua segunda edição, o projeto conseguiu gerar 50 empregos ao longo do segundo semestre de 2019 e investir cerca de R$ 140 mil diretamente na cadeia da cultura local. Quando se fala em investimento direto na educação formal pública, o valor é ainda mais surpreendente: são R$ 275 mil direcionados às ações educativas oferecidas pelo projeto, alinhadas às diretrizes do MEC.

Com o objetivo de difundir a história do trabalhador rural evidenciando seu protagonismo na cadeia do setor sucroenergético, o projeto conseguiu atingir cerca de 700 crianças em sua edição de 2019, sendo a maior parte delas alunos do 4º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas de Pontal.

Maria Esteves, proponente executiva do Colhendo Memórias, explica que o projeto nasceu também com o objetivo de incentivar, além da cultura e educação, a economia criativa das localidades do entorno onde é realizado. “Cerca de 50% de todo o recurso direcionado ao projeto foi utilizado na contratação de profissionais, serviços e produtos das cidades de Pontal e Sertãozinho”, conta.

Atores, músicos, arte-educadores, serviços de transporte, alimentação, fotos e filmagem, entre outros, são de trabalhadores e prestadores de serviços das cidades mencionadas. “Portanto o significado socioeconômico do projeto é muito significativo para a economia criativa das localidades do entorno do Museu da Cana, atribuindo à instituição um papel destacado no estímulo à economia local”, afirma.

Para a Biosev, que patrocina o projeto desde sua primeira edição, o Colhendo Memórias auxilia no desenvolvimento local. "A Biosev sabe do potencial histórico e cultural da cana-de-açúcar a ser compartilhado com as novas gerações por meio do Projeto Colhendo Memórias e endossa a inclusão de mais pessoas na cadeia de geração de renda e desenvolvimento local por meio das atividades desenvolvidas por essa iniciativa", afirma Leandro Neves, gerente de RH, Comunicação & Responsabilidade Social da Biosev.

Trabalho com significado

Alisson Santos é quem registra as belas e coloridas fotografias do Colhendo Memórias. Com seu olhar criativo, o fotógrafo consegue transferir para as imagens toda a emoção que envolve a participação das crianças no projeto.

Morador de Sertãozinho, ele é da Fusion Creative Studio, uma das empresas prestadoras de serviço contratadas, e tem um carinho especial com o Colhendo Memórias. Filho de trabalhadores de usina de cana-de-açúcar, Alisson teve a oportunidade de crescer em uma comunidade de engenho e acompanhou de perto toda a cultura que agora é transmitida pelo projeto.

“Foi no campo que desenvolvi meu olhar para a fotografia e agora participar de um projeto que resgata tanto do que vivi é uma forma de gratidão da minha parte e também uma forma de mostrar à nova geração que toda essa cultura ainda existe e que devemos valorizá-la”, afirma.

Colhendo Memórias

Realizado em parceria entre Comunica Relações Públicas e Museu da Cana, por meio do ProAC ICMS – Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, patrocínio da Biosev, e apoio institucional da Prefeitura de Pontal, o projeto é uma iniciativa do Museu da Cana para preservação do patrimônio cultural imaterial acolhido na fazenda Engenho Central de forma a reconhecer e promover a diversidade cultural manifesta na região.

“No passado, o antigo Engenho Central era movido pela cana-de-açúcar, produzindo açúcar e hoje, como Museu da Cana, a cana-de-açúcar continua movimentando o local que substituiu a produção de açúcar pela produção de cultura e arte, derivadas do universo simbólico gerado pelas comunidades rurais canavieiras”, afirma Maria.

Ela ainda comenta que o grande compromisso do projeto é ser uma ação que provoque nas crianças o sentimento de pertencimento a um cenário histórico e cultural rico relacionado aos cultivares da cana-de-açúcar.

Realizado sempre no segundo semestre de cada ano, o Colhendo Memórias oferece às crianças o contato com a cultura caipira em todos os momentos: na chegada acompanhada por um cortejo; no café da manhã ou da tarde, com as delícias típicas da culinária como bolo de fubá; no teatro que tem como base as histórias de moradores do Engenho Central; nas rodas de ciranda; e na confecção de estandartes.

As visitas ao Museu são precedidas de ações educativas em sala de aula, conduzidas por professores previamente capacitados nos temas relacionados ao projeto. Nas aulas, os alunos são apresentados à história do cultivo da cana-de-açúcar, iniciando ainda nas lavouras de café e passando pelo boia-fria ao novo perfil do trabalhador rural. Também são nas aulas que as crianças conhecem mais sobre as festas e celebrações, como a da Companhia dos Santos Reis, que se mantêm vivas até hoje no entorno do Engenho Central.

 

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